segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Na última semana

Foi assim depois da casa do Miguel ficamos “mais sentimental” sei lá queria só sair mais uma vez com ele, todavia não tivemos essa opção. Estava na minha última semana e no meu último dia que era dia 24, fizemos a festa de despedida em um 'boliche' - novidade. Convidei-o - sendo ter a possibilidade dele ir para Barreal de novo com o Matías - mas ele disse que iria, íamos para um 'boliche' depois mudamos para o outro avisei-o e ele não me respondeu mais…

Tranquilo, no 'boliche' dancei muito - rsrs - porém precisava comer porque estava com fome e passei mal naquela noite, pensei melhor e sai do local para comer. Após a refeição abro meu Instagram e ele posta algo nos stories com dois amigos em vez de estar na minha despedida - rsrs - aí fiquei p*** da vida. Ao voltar para o 'boliche', fiz o que qualquer pessoa faria, beijei a primeira boca disponível, tradução - fiquei com um peruano que estava lá na festa, para me vingar, penso que a Argentina me deixou meio sem noção ou já era algo meu mesmo. 

Quando acabou a festa, lá pela 5 da Manhã ele me mandou mensagem perguntando se ainda estava no Molly, a ‘boate'/'boliche’, eu falei estar sim e do nada ele apareceu lá. Quando me encontrou começou a me chamar para ir à casa dele para ficarmos a sós - rsrs sou facilmente induzida a fazer algo se tem comida - tinha comida. Porém, o meu 'host' “não me deixou ir” porque tínhamos que voltar para casa “juntos”, discuti um pouco com ele, até o Nico falar que ia comigo até em casa. 

Saímos os dois juntos de mãos dadas pela cidade, quando um grupo de pessoas falou que éramos um casal muito lindo, que nosso amor era muito lindo e era para chamá-los para o casamento, rimos muito. Foi quando perguntei se ele acreditava nessa coisa de amor para sempre e ele disse que sim e eu falei que eu não acreditava. Falamos sobre a faculdade dele, sobre os amigos em geral. Quando nos aproximávamos do ponto ele relembrou o dia que ficamos pela primeira vez e falou que dei em cima dele - relembrei dos detalhes, falei do frio, que roubaram meu cobertor e tudo mais - prontamente me defendi dizendo que foi ele, e eu estava certa, como sempre.  Depois ele se lembrou que me abraçou, abrindo a brecha para 'um flerte' e após isso a luz das estrelas e no meio da fala dele e do guia, nos beijamos. 

No ponto, ficamos abraçados o tempo todo até o ônibus chegar, falamos umas coisas que não lembro bem, falamos algo sobre como perdemos nosso tempo. Ao entrarmos no ônibus que era o mesmo que ele pegava para ir para a casa dele, por coincidência. Ele disse que no ano seguinte - 2021 - iria me visitar aqui no Tocantins, que era para eu mostrar a cidade e eu ri tanto e disse que teria que conhecer minha família e ele falou que conheceria - o que me fez rir mais ainda. Foi quando percebemos que estávamos no fim de tudo e meu 'host' me chamou e disse: - Vamos descer! Foi então que dei meu último beijo nele e desci do ônibus com um sorriso no rosto, porque foi incrível aquele último encontro. 

Fui me arrumar para o aeroporto que meu voo era às 10h, do dia 25, mas por segurança tinha que estar lá às 8h. Beleza, fizemos as despedidas da minha família, que me entregaram uma caneca com o nome que a minha mãe da Argentina me chamava, porque não conseguia falar meu nome e chorei horrores. 

Quando já estava em Buenos Aires mandei mensagem para ele perguntando se isso foi real e ele respondeu que foi, que nunca era para esquecer - nunca lo dudes. No dia 28 foi o aniversário dele e mandei uma “cartinha”,  foi quando ele respondeu dizendo que foi o melhor presente que ele já ganhou. Desde esse dia não nos falamos mais como antes…  

Achei melhor, mas queria mandar mensagem para ele - mesmo parecendo bobagem e tudo -  pois me ajudou muito a superar o idiota anterior e lembrando o que acontece na Argentina, fica na Argentina, me deixa mais tranquila. 

14/12/2020